Brasil e a busca por soluções renováveis

Nos quatro cantos do mundo, nota-se um aumento significativo na busca por soluções mais limpas e eficientes de energia elétrica.

É preciso admitir, no entanto, que o alto custo da energia “tradicional”, somado ao aumento no perfil de consumo da população, também ajudaram nesta equação.

No Brasil, a situação não tem sido muito diferente.

Temos uma das maiores taxas de energia elétrica do mundo e, assim como nossos amigos europeus ou americanos, também estamos enfrentando esta transformação tecnológica e cultural, utilizando aparelhos cada vez mais conectados, motos ou carros elétricos, todos consumindo ainda mais energia.

As industrias, na constante busca em automatizar seus processos (e torna-los mais eficientes) e as residências cada vez mais conectadas, contribuem para um incremento significativo no perfil de consumo do brasileiro.

Associado a isso, temos uma limitação em nossa matriz energética atual, fundamentalmente composta por Hidrelétricas e Termelétricas. Temos aí o cenário perfeito para a busca por novas soluções, novas tecnologias, novas alternativas.

E dentro deste contexto, a principal nova fonte de energia tem se tornado a fotovoltaica. Desde pequenas usinas residenciais, às grandes fazendas solares, esta tecnologia tem sido a grande protagonista da transformação energética em nosso país.

No final de 2020, por exemplo, do total de 331.156 clientes conectados à sistemas de geração distribuída (onde a geração é construída próxima ou no próprio local de consumo – GD), cerca de 99,89% destes estão utilizando sistemas fotovoltaicos.

Para 2030, estima-se que cerca de 3 milhões de consumidores estejam conectados à sistemas de geração distribuída (fotovoltaico, eólico, entre outros), onde sua maciça maioria ainda será fotovoltaicos.

A facilidade de implantação e forte viabilidade financeira fazem desta tecnologia mais aderente à outras alternativas existentes na grande maioria dos projetos.

Daí o elevado número de instaladores, integradores ou revendedores deste tipo de sistema, em todas as regiões brasileiras.

É importante, porém, lembrarmos que apesar de parecer muito simples sua instalação e comercialização, alguns cuidados devem ser tomados.

Este sistema possui vida útil e performance de geração acima de 25 anos. Porém para que este prazo realmente se concretize, é de fundamental importância que o sistema seja instalado considerando todos os cuidados e recomendações elétricas vigentes. Aterramento eficiente, encaminhamento de cabos correto, monitoração da temperatura dos módulos e o próprio projeto considerando as diversas particularidades de cada cliente, se tornam imprescindíveis para que o sistema realmente opere adequadamente durante tantos anos.

Por isso, se ao ler este artigo você também ficou intrigado ou curioso sobre como esta solução pode contribuir para sua própria economia, a recomendação que podemos fazer é de você buscar empresas que realmente atuem e tenham experiência na área elétrica. Em uma residência comum, por exemplo, não é raro termos tensões acima de 500Vcc entre os módulos e o inversor. Se lembrarmos que um choque com a tensão de 110Vca (própria tomada) pode ser bastante agressivo, imaginemos o que pode ocorrer com tensões entre 500Vcc, 600Vcc ou até mais.

O sistema fotovoltaico é, sem dúvida, uma solução imediata e confiável para evitarmos os altos custos de energia elétrica, porém, desde que corretamente projetado e instalado.

Fabio Muniz.

Engenheiro Eletricista – CREA 70634/D